segunda-feira, 7 de maio de 2012

À mesa com Gilberto Freyre

O livro é muito bom e as receitas são, no mínimo, interessantes. Todas de autoria de Magdalegna Freyre, mulher do sociólogo. São pratos que a família comia com frequência ou que Magdalena servia aos convidados do Solar de Santo Antônio de Apipucos, em Recife, por onde passou o melhor da intelectualidade brasileira e muitos pensadores e artistas estrangeiros também. Além da apresentação, há cinco artigos, um mais acadêmico, do organizador do livro, o antropólogo Raul Lody, e os outros quatro extremamente emocionais: de Fernando de Mello Freyre e Sonia Freyre, filhos de Gilberto; de Lêda Rivas e Marly Mota, amigas da família. Sem nunca deixar de lado o seu jeito de grande dama da sociedade, a pintora consegue transmitir com enorme sutileza um mundo do qual hoje só restam resquícios. O mundo no qual um intelectual conseguiu ver a importância dos pequenos gestos da cozinha, fosse ela uma cozinha preparada para receber ministros como a sua ou uma cozinha simples de um trabalhador rural. 

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