segunda-feira, 7 de maio de 2012

A paixão secreta de Maria Callas

O livro traz a história da cantora, curiosidades e muitas receitas. Receitas anotadas em pedaços de papel (de restaurantes famosos como o Harry's Bar de Veneza e o Savini de Milão) ou arrancadas de páginas de jornais e dos muitos livros que ela colecionava, cujas capas ilustram a obra. Há desde uma trivial polenta até uma delicada musse de lagosta, passando por camarões assados com queijo feta, que revelam a ascendência grega de sua família. Os dramas amorosos e também com a balança (sim, ela foi gorda!) também estão nele. No quesito curiosidades, fique surpreso ao saber que 'La Divina' se deliciava com um belo filé mal passado de 800 gramas antes de soltar o gogó no teatro Scala de Milão.

À mesa com Gilberto Freyre

O livro é muito bom e as receitas são, no mínimo, interessantes. Todas de autoria de Magdalegna Freyre, mulher do sociólogo. São pratos que a família comia com frequência ou que Magdalena servia aos convidados do Solar de Santo Antônio de Apipucos, em Recife, por onde passou o melhor da intelectualidade brasileira e muitos pensadores e artistas estrangeiros também. Além da apresentação, há cinco artigos, um mais acadêmico, do organizador do livro, o antropólogo Raul Lody, e os outros quatro extremamente emocionais: de Fernando de Mello Freyre e Sonia Freyre, filhos de Gilberto; de Lêda Rivas e Marly Mota, amigas da família. Sem nunca deixar de lado o seu jeito de grande dama da sociedade, a pintora consegue transmitir com enorme sutileza um mundo do qual hoje só restam resquícios. O mundo no qual um intelectual conseguiu ver a importância dos pequenos gestos da cozinha, fosse ela uma cozinha preparada para receber ministros como a sua ou uma cozinha simples de um trabalhador rural. 

A mesa e a diplomacia brasileira: o pão e o vinho da concórdia

Trata-se do elegante e bem-cuidado volume A Mesa e a Diplomacia Brasileira – O Pão e o vinho da concórdia. Nele, o vinho deixa de ser o protagonista, mas é parte integrante do itinerário que leva o leitor para uma viagem pelo cerimonial e pelo protocolo dos banquetes e recepções da diplomacia brasileira desde a fundação da nação. À primeira vista o tema parece ser aborrecido, como tudo que envolve protocolos, fraques e cerimonial. Algo como o vinho de polainas; o prato de abotoaduras. Mas não, o livro é um importante registro histórico, e revela a importância do banquete na vida pública. A obra está dividida em três partes. Em o Banquete, traça uma rápida linha do tempo da importância do banquete ao longo da história da humanidade. Em o Itamaraty, conta sobre a instituição do edifício-sede do serviço diplomático, no Rio de Janeiro, que virou sinônimo da diplomacia brasileira e seu sucedâneo, no Palácio do Planalto. Mas a parte que se escaneia com curiosidade de lupa é aquele que trata da Mesa Diplomática propriamente dita: o intrincado papel do cerimonial na organização das mesas (ótimas as curiosas reproduções de desenhos que mostram a distribuição dos lugares à mesa de uma recepção – isso sim é serviço diplomático!), os utensílios e pratarias utilizados e finalmente os banquetes, cardápios e cerimoniais. O relato cobre desde o tempo do Barão do Rio Branco, que normatizou o serviço – período dominado pela gastronomia francesa e vinhos idem, com um espaço para o Porto e o Madeira -, até chegar aos anos mais recentes, com a inclusão do cardápio brasileiro e do vinho nacional, introduzido pelo presidente Collor, em 1990. As reproduções  dos cardápios e fotos dos eventos são saborosas crônicas visuais de um estado que se senta à mesa para receber, negociar e comemorar acordos diplomáticos.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Cozinha de Chakall: receitas rápidas para o bom humor

Para Chakall, chef nascido na Argentina e que fez fama em todo o mundo, cozinhar significa bom humor. Este livro traz mais de 90 das receitas favoritas de Chakall selecionadas a partir das viagens que fez para quase cem países, organizadas de acordo com a finalidade: de um jantar romântico a recepções para amigos; de opções rápidas para piqueniques a um jantar elaborado. Cada uma destas sugestões é também uma receita de um pouco de felicidade.