terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Mil dias na Toscana

Há alguns anos, quando se conheceram, Marlena e Fernando se apaixonaram à primeira vista e começaram a viver uma história de amor que mais parecia um conto de fadas. Agora, decidem que chegou o momento de dar adeus a Veneza, onde tudo começou, e partem em busca de uma vida mais tranquila. Ela é americana, chef de cozinha e crítica gastronômica; uma mulher corajosa e cheia de entusiasmo. Ele é veneziano, bancário; um homem de vida pacata. O destino escolhido é San Casciano dei Bagni, um vilarejo com 200 habitantes, fontes termais e olivais centenários. De início, Fernando está mais empolgado do que Marlena. No entanto, nesse pedaço de terra onde a Toscana, a Úmbria e o Lácio se encontram, as amizades amadurecem à mesa, em torno de refeições gloriosas regadas a vinho tinto. O que poderia ser melhor para uma chef de cozinha? Novamente, Marlena e Fernando vivem um caso de amor à primeira vista. Dessa vez pela aldeia e pela vida no campo, pelos vinhos artesanais e pela esplêndida cozinha, pelo céu toscano e pelos sinos da igreja local. Mas, acima de tudo, pelo velho Barlozzo, que os recepciona, os adota e, aos poucos, também se apaixona por eles. Guiados pelo "duque", eles descobrem tabernas rústicas, onde o jantar é qualquer coisa que tenha sido colhida ou caçada naquele dia; participam da vindima; visitam festivais sazonais; catam castanhas no bosque; saem para caçar trufas e cogumelos selvagens; sobem em árvores para apanhar azeitonas, uma a uma, e depois experimentam o azeite recém-espremido sobre um pão simples de casca crocante. Assim que chegam, os vizinhos se apresentam para ajudar na mudança. Essa recepção simpática termina no bar local, com um banquete composto pelas mais variadas especialidades toscanas - todas em quantidades muito pequenas, exatamente o que seria servido em suas casas. Logo eles vão descobrir que, naquele lugar escondido, a vida gira em torno da boa mesa. É entre receitas de dar água na boca que o povo toscano discute as mais importantes questões filosóficas. Com diversas receitas do repertório da autora - inclusive a da tradicional bruschetta -, "Mil dias na Toscana" é uma deliciosa viagem a um lugar quase perdido no tempo, uma ode à amizade e às coisas que realmente importam na vida e uma história sobre um estilo de vida simples, doces paixões, amizades e refeições compartilhadas..

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Comer, rezar, amar

Quando completou 30 anos, Elizabeth Gilbert tinha tudo que uma mulher americana moderna, bem-educada e ambiciosa deveria querer - um marido, uma casa de campo, um projeto a dois de ter filhos e uma carreira de sucesso. Em torno dos 30 anos, enfrentou uma crise da meia-idade precoce: acabou pedindo divórcio e caindo em uma depressão debilitante e outro amor fracassado. Foi quando viu-se tomada por um sentimento de liberdade que ainda não conhecia e tomou uma decisão radical - livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo - sozinha."Comer, Rezar, Amar" é o relato da autora sobre o ano que passou viajando ao redor do mundo em busca de sua recuperação pessoal. O livro ganhou uma versão para o cinema em 2008, com Julia Roberts no papel principal.

A experiência do gosto

Jorge Lucki, um dos críticos de vinhos mais importantes do país, reúne neste livro mais de sessenta crônicas sobre esse universo repleto de códigos, condutas e histórias, escritas sempre de forma clara e divertida. O livro é dividido em sete grandes temas - uma introdução ao mundo do vinho, os diferentes tipos, as várias uvas, os países produtores, as particularidades das regiões, os prazeres da harmonização e os grandes personagens envolvidos -, discutidos em textos saborosos, originalmente publicados no jornal Valor Econômico, na coluna que Lucki assina. São histórias que envolvem as mais variadas esferas do mundo do vinho. Passam pelos detalhes da produção de taninos macios, pela obstinação dos produtores biodinâmicos em suas observações naturais, pela briga de gerações dentro das mais famosas casas vinícolas do mundo, pelas disputas por território e denominações de origem controlada, por um pequeno roteiro de harmonização entre chocolates e vinhos, entre tantos outros assuntos. Com graça e informação, o autor mergulha nas taças em busca de sabores e sai delas repleto de casos fantásticos e de personagens dados a um bom gole.