segunda-feira, 22 de junho de 2009

Escoffianas brasileiras

Com mais de 500 páginas o mestre Alex Atala compôs uma verdadeira obra de arte culinária. O livro divide-se em três partes: Aprendizado, Sonho e Realidade. Na primeira parte, Alex conta a sua trajetória, detalha sua experiência no exterior e expõe como se deu a sua formação profissional. Em seguida, proporciona uma encantadora imersão no dia-a-dia de um cozinheiro, seja ele um profissional, um gourmet ou um diletante, o que importa é explorar a magia da cozinha com seu prazer de transformar. A última parte aborda a realidade de um chef, dono de restaurante, desde os cuidados administrativos até a concepção e técnica de preparo das receitas, mostrando que, antes de tudo, cozinha é um ato prazeroso e instigante.

A arte culinária de Cristophe Besse

O primeiro livro do reconhecido e talentoso chef suíço Christophe Besse traz receitas escolhidas com cuidado para satisfazer a paladares variados, mas exigentes. Resultado de longos e bem aproveitados anos de trabalho do Chef Besse na busca pelo aperfeiçoamento e pela personalização do sabor, o livro mostra a trajetória da sua cozinha e reserva peculiaridades da gastronomia, enfatizando técnicas, utensílios e ingredientes que valorizam os pratos. Os leitores poderão praticar suas habilidades culinárias tanto com as receitas mais elaboradas quanto com as amais fáceis. Divididas em temas, como entradas, cremes e sopas, carnes e aves, peixes e sobremesas, as receitas satisfazem diferentes eventos e preferências. E para tornar ainda mais expressiva a sua marca pessoal e o seu amor pela arte de cozinhar, o Chef escolheu receitas que prepara para sua família aos domingos e as dedica especialmente aos leitores que apreciam a boa mesa e a alegria do bem comer! Há, também, um capítulo muito interessante com receitas da Cozinha Fria, uma das especialidades em que o Chef Christophe Besse se destaca, e um glossário no final do livro que explica os termos culinários internacionais utilizados nas receitas, o que facilita ainda mais a preparação dos pratos. Com 144 páginas, "A Arte Culinária de Christophe Besse" traz ao todo 61 receitas, todas ilustradas com lindas e apetitosas fotos e com dica sobre o vinho mais indicado para acompanhá-las. Apresentadas de forma clara, as receitas são fáceis de serem seguidas, com opções para todas as estações do ano, o que facilita na combinação dos pratos.

Um Chef sem segredos

Neste livro, Luiz Cintra nos faz um convite para uma volta ao mundo da culinária. Apaixonado pelo universo da gastronomia, o autor nos traz receitas tradicionais de países que visitou, como França, Itália, e Estados Unidos, e especialidades vindas da Tailândia e do Vietnã. Apresenta preparações raras como os huvenos reales, tentadora versão mexicana para os brasileiríssimos papos-de-anjo, e ensina como fazer as bananas carameladas tão populares no cardápio dos restauranes chineses. As receitas deste livro são apresentadas com tanta clareza e simplicidade, que o mais inexperiente cozinheiro ficará à vontade para prepará-las.

Banquetes intermináveis

Quando a revista americana Gourmet celebrou seus sessenta anos, a editora da série Modern Library e autora Ruth Reich reuniu um compêndio encantador de ensaios sobre comida e viagens, extraídos dos generosos arquivos da revista. Estendendo-se ao longo ao longo do tempo e do espaço, os autores de Banquetes Intermináveis compartilham suas lembranças de refeições impecáveis e experiências em locais distantes. O livro destaca-se pela contribuição de varios chefs de cozinha e suas histórias...incluindo receitas e muitas dicas.

Revolução na cozinha

Jamie Oliver é um dos mais famosos chefs da Grã-Bretanha, não somente por causa dos seus programas de televisão, mas também por iniciativas como o projeto do restaurante Fifteen - quando treinou quinze jovens carentes para se tornarem chefs - ou a campanha contra alimentados processados servidos em escolas. O seu mais recente desafio é o novo lançamento da Editora Globo, Revolução na cozinha, também uma série televisiva exibida no canal GNT. Inspirada pelo Ministério da Comida, criado durante a Segunda Guerra Mundial para "garantir alimento suficiente para todos e educar as pessoas sobre alimentação e nutrição adequada", a revolução atual proposta por Jamie Oliver é um movimento alimentar de conscientização das "pessoas que pensam que jamais poderiam aprender a cozinhar ou que não seriam capazes de enfrentar um fogão", baseado em uma idéia batizada de passe adiante, isto é, cada pessoa aprende uma receita e a passa adiante para outras pessoas, divulgando a alimentação saudável em progressão geométrica. De forma didática, o livro apresenta receitas conhecidas em versões simplificadas, ilustradas por fotografias que mostram passo a passo a preparação. E para cada uma delas, uma pequena apresentação onde o chef britânico dá dicas como "fica ótimo com "arroz, batata ou pão" (Salmão assado em cartucho de papel-alumínio com vagens e pesto) ou "é melhor cozinhá-lo para duas pessoas" (Minha carne de porco agridoce), entre outras. Além das receitas, o livro conta com uma introdução especial, "Essenciais", onde apresenta uma lista de utensílios essenciais para uma cozinha, assim como uma lista de itens básicos para a despensa, ambas com fotos. Ao todo são quatorze capítulos que tratam dos mais variados temas: "Refeições de vinte minutos", "Massa rápida", "Delícias à moda chinesa", "Curries fáceis", "Saladas adoráveis", "Sopas simples", "Carne moída caseira", "Ensopados reconfortantes", "Assados da família", "Vegetais deliciosos", "Receitas rápidas de carne e peixe", "Peixe clássico", "Cafés da manhã energéticos", "Coisas doces". Com "Revolução na cozinha" nas mãos, qualquer pessoa pode (e deve) se aventurar em uma cozinha. Como o mineiro Mick, de Rotherham, norte da Inglaterra, que participou da "revolução" sem nunca antes ter cozinhado em sua vida e logo na primeira vez fez um peito de frango com prosciutto e aspargos. Passe adiante!

domingo, 14 de junho de 2009

As revoluções de Ferran Adriá

Múmia de salmonete com chili. Fitas de beterraba com pó de vinagre. Ar gelado de parmesão com müsli. Mola de caramelo de azeite de oliva. Eis apenas alguns dos pratos elaborados pelo catalão Ferran Adrià, o mais criativo e famoso chef de cozinha da atualidade. Para ele, um verdadeiro obsessivo na busca por novidades gastronômicas, um prato não pode ser apenas bom. Tem de ser algo novo e subverter as expectativas do comensal, numa experiência única. Ferran Adrià foi chamado pelos jornais The New York Times e Le Monde de "o melhor chef de cozinha do mundo". Foi também o primeiro da sua profissão a ser convidado a expor na Documenta de Kassel, a mais importante mostra de arte contemporânea do mundo. Neste saboroso livro, o jornalista alemão Manfred Weber-Lamberdière conta, de forma suculenta, a aventura de Adrià – indissociável do El Bulli, o seu restaurante –, tendo como pano de fundo a história da própria culinária moderna. O que se lê é um fascinante panorama do universo da alta gastronomia e do ofício de chef de cozinha, com destaque para grandes nomes como Paul Bocuse, Alain Ducasse, Hervé This e Heston Blumenthal.

Pimentas com suas receitas

'Dicionário gastronômico de pimentas com suas receitas', de Nelo Linguanotto, proporciona aos aficcionados por pimentas e aos mestres-cucas de horas vagas uma oportunidade de conhecer alguns dos principais tipos de pimentas usados no mundo. Ele ensina também como utilizá-las na prática, para extrair o máximo de seu sabor e beleza.

Queijos: do campo à mesa

Neste livro, o leitor encontra - a origem e a história do queijo; os principais queijos do Brasil e do mundo; como servir; dicas para auxiliar na compra e na conservação dos queijos; diversas receitas de pratos e Fondues; como harmonizar com vinhos e cervejas.

À mesa com Fernando Pessoa

Este livro trata-se de uma pesquisa de Luís Machado sobre a obra pessoana, à procura de referências a pratos e comidas. Da açorda aos bifes, carapaus, camarão, bacalhau, costeletas de porco, dobrada, enguias, favas, galos, ovos e saladas, sardinhas, figos, laranjas, melão, arroz-doce, chocolate, bolos, queijadas e outros.

O vinho mais caro da história - fraude e mistério no mundo dos bilionários

O respeitado leiloeiro Michael Broadbent estava radiante: os lances haviam subido rapidamente e alcançado a incrível quantia de 75 mil dólares – mais que o dobro do recorde anterior atingido por um vinho antigo. Valera a pena levar a leilão aquela garrafa, mesmo com as dúvidas que a cercavam. Prestes a bater o martelo, Broadbent anunciou: “Dou-lhe uma, dou-lhe duas...” Então, houve um movimento no fundo da sala.Naquela quinta-feira de dezembro de 1985, os salões da Christie’s, tradicional casa de leilões inglesa, testemunharam um momento histórico. O lance final chegou a inacreditáveis 156 mil dólares! O valor podia ser absurdo, mas o objeto em questão parecia justificá-lo. Tratava-se de um Lafite 1787 – um vinho de quase 200 anos de idade, produzido por um dos mais conceituados châteaux da região de Bordeaux. E havia um detalhe fundamental: as iniciais “Th.J.”, gravadas no vidro,indicavam que a garrafa pertencera a Thomas Jefferson, terceiro presidente dos Estados Unidos. Ele tinha servido como embaixador na França entre 1784 e 1789, e foi um dos maiores conhecedores de vinho do seu tempo.Mais do que um vinho que despertava a curiosidade dos enófilos, a garrafa era portanto uma peça histórica. Hardy Rodenstock, o alemão que a descobrira em Paris, dera poucos detalhes sobre sua origem. Passou a promover degustações em que os maiores connaisseurs podiam atestar a qualidade dos vinhos oriundos daquela “adega oculta” de Jefferson – sem nunca revelar exatamente onde ela ficava e quantas garrafas continha. Fez fortuna vendendo relíquias semelhantes para colecionadores de vinhos do mundo todo. No fim da década de 1990, porém, com as suspeitas em torno de Rodenstock aumentando, um dos milionários que comprara essas garrafas especiais decidiu submetê-las a cuidadosas análises científicas. E uma inquietante verdade veio à tona...Como em um romance policial, o leitor acompanha as pistas levantadas por cientistas, enófilos e especialistas em Jefferson, emergulha num mundo de sofisticação e afetação que pode se revelar uma surpreendente fraude...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O mundo é o que você come

Em "O mundo é o que você come" Barbara Kingsolver prova uma velha máxima: você é o que você come. Apesar do amor pela cidade onde vive (Tucson, Arizona), a família Kingsolver viaja para reencontrar suas raízes, numa fazenda na cidade de Appalachia. Lá, eles têm a chance de recriar uma relação mais profunda com seus alimentos, ao perceberem que a comida processada, que para ser produzida precisa desviar rios e consumir combustível, não é tão necessária. Dessa maneira, passam um ano vivendo através do que plantam e criam — aspargos, galinhas, vegetais —, respeitando sempre a época do ano e o que ela pode oferecer. Diferente de todos os outros livros de memórias, este livro nos traz um tema urgente e universal, ao mesmo tempo em que nos dá uma lição de coragem e força de vontade. Divertido, inspirador e informativo. Barbara Kingsolver tem a curiosidade de uma jornalista e a precisão de uma cientista. O livro é irresistível, ainda mais nos dias de hoje, quando somos bombardeados a todo momento pela mais nova descoberta sobre o que faz bem e o que faz mal à saúde.

A grande ostra: cultura, história e culinária de Nova York

Antes de ser conhecida como "A grande maçã", Nova York poderia ter sido chamada de "A grande ostra". O norte-americano Mark Kurlansky narra a incrível história da cidade, acompanhando a trajetória de um de seus mais tradicionais habitantes - a ostra, cuja influência marcou a cultura, economia e gastronomia da grande metrópole.

O Perfeccionista: a vida e a morte de Bernard Loiseau

O chef Bernard Loiseau recebeu a mais alta distinção da culinária européia: as três estrelas do guia Michelin. Além disso, foi agraciado com o título da Legião de Honra da França. Em 2003, porém, ele chocou o mundo da culinária ao cometer suicídio. Em "O perfeccionista", o jornalista Rudolph Chelminski narra a ascensão e o declínio de Loiseau, compondo um retrato vívido do sofisticado e cruel mundo da haute cuisine impiedoso, porém agradável, de um grande chef na encruzilhada da história da culinária. Absolutamente fascinante do início até o trágico fim." Para Anthony Bourdain, autor de "Cozinha confidencial" e "Em busca do prato perfeito", esta obra sobre a gastronomia francesa é brilhante nos mínimos detalhes. A cativante narrativa de Chelminski serve como fábula moral sobre os perigos de arriscar tudo na haute cuisine.